quinta-feira, 31 de maio de 2007

Sobre o mundo que te faz feliz - parte I


A menina que era só mais uma entra as outras meninas não era só mais uma menina entre as meninas dali. A diferença estava sutilmente escondida naqueles tímidos olhos verdes. Os olhos guardavam a chave que abria a porta do mundo dos sonhos que ela tinha. E como eram bonitos eles (os olhos e os sonhos). E por alguns segundos aqueles olhinhos paravam. paravam em meio a toda aquela confusão do mundo real que girava ao redor. Ela pensava, imaginava. Por alguns segundos esquecia completamente que havia uma realidade toda em plena atividade. E ela gostava quando acontecia, o mundo real era assustador demais. Seu mundo pararelo dos sonhos era um aliviador nesses momentos. Mas o que de tão importante acontecia no mundo paralelo da menina? Era ali que a vida se mostrava de verdade. Arco-íris em vez de nuvens negras, borboletas azuis em vez de mariposas, aguas correndo pelas cachoeiras, terminando em uma queda suave e fresca, arvores bem verdes com flores coloridas, sorrisos, vôos rasantes de pássaros cantores, as pessaos falando coisas boas umas das outras, mesas bonitas cheia de coisas gostosas pra todo mundo, do mesmo jeito, todo mundo assim na seu mais sincero eu, sem medo de ser diferente, porque lá o diferente era bonito, e o que ela gostava mais: sentar no alto de um colina bem verdinha pra ver o pôr-do-sol, sentindo a brisa no rosto, esperando o sinal das primeiras estrelas e o sorriso da lua. Ela pensava em coisas lindas! Então ela acoradava com um som estranho, muito diferente dos cantados pelos passaros... era a vida de verdade dando um cutucão, insistindo em dizer que sonhar era ingênuo, coisa de criança. Pobre vida real que não entendia que só é feliz quem cresce criança! Ela ficava triste quando acordava e percebia que aquele mundo bonito era tão diferente do mundo real, e, pior, ela não tinha escolha, o mundo real era real demais. E um dia ela, andando normalmente, viu alguem do mundo dos sonhos andando perto. Ficou confusa. Será que sonhava? Ou o mundo dos sonhos não era tão imaginário assim. Pensou muito, quase não conseguia dormir, tentando entender o que acontecia. Tinha medo de acreditar que era de verdade que o mundo dos sonhos podia dar um pulinho no real. E se fosse só mais uma imaginação dela???
E um dia ela acordou. Acordeu dentro dela mesma. Percebeu enfim que os sonhos podem ser de verdade, que ela não precisava ter medo, porque o que separa o sonho do real, o bonito do feio, são os olhos (por isso eram os olhos que guardavam a chave). As mariposas continuariam sendo mariposas se ela quisesse, mas poderiam ser borboletas multi-cor se olhasse mais de perto, as nuvens negras podiam se transformar em tempestades, ou em chuva de verão se ela quisesse, e todo mundo podia ser triste ou feliz, ela podia ser feliz se quisesse. E ela se permitiu.

E entendeu que se apaixonar era inevitável.

5 comentários:

  1. Ai que lindo!!!
    Minha amiga eh d+!!
    Adorei mesmo shan!!



    bjim...

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  2. nossa!

    realizando...


    =)

    q buntinhu amor!


    "e quando tudo parecer perdido e sem sentido eu vou gostar mais de você"

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  3. [E entendeu que se apaixonar era inevitável.]

    precisa dizer mais algumas coisa?!

    xD!

    Sabe q eu te amo neah Shan!?

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  4. Nossa Shantal...
    Maravilhoso demais!!!
    Vc tá de parabéns...é um dom lindo esse seu!
    Bjão

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  5. Uau... sem paavras... se eu disser q esse texto serve pra mim c acredita??? pelo menos a parte final serve direitinho...\o/

    Parabéns d novo!!!

    Bjins...

    ^^

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