sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Mais uma sobre o amor (o meu)

Amor é essa coisinha esquisita, essa "cosquinha" gostosa que eu sinto sempre que vejo de longe você chegar. Amor é essa força estranha que puxa meus lábios para os lados, formando um sorriso imenso cada vez que escuto um "bom dia" seu.
Amor é mais ou menos como brincar de de escorrega num arco-íris e cair de bum-bum numa nuvem fofinha. É divertido, puro.
É fazer compras no supermercado e imaginar como vai ser quando for pra nossa casa. É ficar contente com a conquista dos outros. É não conseguir contar quantas borboletas batem asas no estômago toda sexta-feira, por causa da ansiedade pelo sábado que traz você pra mim.
Amor é brincar de ser casado nos fins de semana. É deitar no colo e fazer planos bonitinhos pra uma vida a dois. É entrar em consenso depois das pequenas discussões sobre qual cachorrinho iremos ter ou quem vai arriscar a cozinhar primeiro.
É pular no seu colo sem você esperar, nem ligando para a (grande) possibilidade de caírmos um em cima do outro. É ouvir tua risada ao ouvir minha risada.
Amor é olhar você dormir e sentir lagrimazinhas escorrerem pelo meu rosto. É deixar bilhetinhos de "eu te amo" espalhados por todo seu quarto, pra você sorrir quando encontrar. É guardar o último quadradinho de chocolate amargo uma semana inteira, só pra dividir com você. É pegar tua mão e perceber a onda de sentimentos lindos que passa de mim pra você e de você pra mim. É sentir meu coração alegre ao saber que você está bem e querer arrancá-lo, de tanta dor, quando não está. É saber como você se sente, mesmo não estando perto. É sofrer um pouquinho quando bate uma insegurança boba e um medo de te perder ou de você, por algum motivo, cansar de mim.
É quase morrer de saudade no segundo seguinte em que você foi embora. É a vontade de fugir com você a cada centímetro mais próximo do fim, quando você me leva pra casa. É ter o rosto molhado e vermelho quando o sol diz "tchau" no domingo.
Amor é o que me faz querer ter você todos os dias de todas as minhas vidas. Amor é essa felicidade absoluta que passou a fazer parte de mim desde que você apareceu.
O meu amor é assim, é esse "obrigada" silencioso que mora nos meus olhos e na minha cara amassada quando acordo e vejo você. Porque teu rosto é ainda mais lindo quando você acorda, minha alma é ainda mais colorida quando encontra a sua e meu corpo é o seu corpo, assim como seu corpo é o meu. Porque o amor é isso, é descobrir o segredo de fazer de dois, um.



P.s.: "Embora eu tenha me fechado como dedos, nalgum lugar
Me abres sempre pétala por pétala como a primavera abre
(tocando sutilmente, misteriosamente) a sua primeira rosa"
(Zeca Baleiro)

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

A um amigo Amigo


Desde pequena aprendi que todo mundo nasce com um dom.
Entre todos eles, acredito existir um especial (talvez o mais especial): o dom de ser Amigo!
O Amigo traz em si a essência de todos os outros dons. Canta pra acalmar um coração aflito, sabe sempre a palavra certa na hora certa, tem um pouquinho de médico pra cuidar de cada feridinha que transparece nos olhos de quem ele ama.
E como já dizia Vinícius, "a amizade é um sentimento mais nobre que o amor". Deve ser porque é o amor mais puro de todos os amores que a vida dá. Um tipo de "amor incondicional".
Amigo se dá por completo, nos favores impossíveis; nas lágrimas de consolo; nas vezes em que quer morrer por não conseguir, dessa vez, dissipar aquela coisinha ruim que aflige quem ele ama (mal sabendo que só esse carinho é quase toda a solução!). E o que ele pede em troca? Nada! Mas se sente imensamente bem pago quando consegue pelo menos um sorriso de alívio naquele rostinho amargurado.
E é também Amigo nas horas boas, principalmente nestas. Amigo torce, vibra, agradece, comemora cada nova conquista, cada realização tão esperada, e se orgulha!
Porque amigo não tem inveja, isso não. Amigo tem orgulho!
O Amigo é simplesmente amigo. Faz o bem sem olhar a quem. E conquista mais e mais, a cada novo dia, com suas palavras simples, mas de incomparável significância.
Sabe aquele sentimento mais bonito que a gente sente no fundinho do coração mas não consegue explicar? Não precisa explicar! Ele passa a fazer todo sentido quando você encontra um Amigo!
Mas, às vezes, o amigo vai embora.
O coração grita, esperneia, bate forte, faz pirraça, vem a mãozona da saudade para apertá-lo com a maior força do mundo, você tem certeza que vai morrer! E chora (às vezes chora muito!!). Quando pensa não aguentar mais, ele, com a voz mais serena do mundo, diz "Eu volto". E o desespero até diminui, porque a confiança é maior, o amor é maior. E você lembra de todos os sentimentos bonitos que ele te faz sentir, de todas as bagunças que aprontaram juntos, de todas as vezes em que você precisou e ele estava ali com a mão estendida, das vezes em que você venceu e ele foi o primeiro a dizer "eu sabia que você conseguiria", das vezes que você o quase decepcionou e ele passou por cima, de todas as fotos engraçadas e das risadas ao telefone, das festas de fim de ano e dos abraços aconchegantes. E a vida inteira passa na sua frente, trazendo junto uma "cosquinha" no coração, uma mistura de saudade e esperança, uma alegria um pouco triste e, principalmente, um enorme orgulho por ter tido a chance de conhecer o melhor Amigo do mundo!
E você descobre que o pra sempre nunca é tempo demais quando se tem esse amor, e descobre também que tudo, tudo mesmo, tem uma solução, quando você tem alguém assim, um amigo, um companheiro especial.
Acredito ser, este, o dom mais especial de todos os dons: o dom de ser Amigo! Mas, se eu pudesse mexer um pouquinho só na história da criação dos nomes das coisas, eu rebatizaria o nome dos dons. Não de todos. Na verdade, mudaria mesmo só o nome do dom de ser "amigo". E passaria a ser, então, o dom de ser "Luiz".


P.s.: você fará muita falta, mocinho!
Amo você!
=)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Sobre o (nosso) Amor

Era um dia qualquer de outubro de mais ou menos um ano atrás.
A garota diferente, de nome diferente e cabelos diferentes vivia mais um dos seus entediantes dias normais.
Um garoto não tão normal assim, cansado dos seus dias normais assim, sem querer, encontrou uma tal garota diferente. E seu mundo que andava um tanto sem cor ficou então um tanto rosa, tão rosa quanto o cabelo dela.
Mas como em toda história de um casal que será um dia feliz, a aproximação não é imediatamente feliz assim.
Ele sabia quem ela era (amiga de escola da irmã mais nova), ela até sabia da existência dele (irmão mais velho de uma amiga da escola), mas não era nada demais que se pudesse relevar.
Precisou apenas de tinta rosa nos cabelos, um e-mail anônimo e uma mocinha curiosa para começar a história de um amor diferente de qualquer outro amor das histórias sobre as quais se tem notícias por aí.
No começo, uma brincadeira esquisita, mas que rendia boas gargalhadas e muitos segredos entre amigos; um convite para tomar um sorvete que resultou em uma tarde inteira num banco de praça contando casos e conversando sobre música; e uma leve bronca por ter chegado tão tarde em casa.
Mais tarde vieram as novas conversas, os novos passeios, os novos olhares, o inevitável constrangimento antes (e depois!) do primeiro beijo. Mais segredos.
A garota que tinha medo de se apaixonar pensou não ser tão ruim entregar o coração. O garoto que não pensou se apaixonar, teve medo de perder o pouco (que seria muito), mas não menos importante, sentimento que descobrira ali.
As semanas passavam, e com elas, a cada vez maior necessidade que nasceu dentro daqueles dois corações.
E ninguém sabia. Era melhor assim.
Veio o primeiro mês, vieram os amigos, as datas comemorativas, os primeiros presentes, os mais alguns corações maltraçados em meio as folhas dos cadernos, agendas e blocos de anotações colocados junto ao telefone. Veio o primeiro "eu te amo", a primeira lágrima de emoção, a primeira promessa de um amor pra durar.
Passaram mais meses, mais amigos, mais beijos e carinhos, mais saudades. E chegaram os planos (quantos planos!), afinal, toda história sobre um casal que descobre o amor tem muitos planos.
As tardes em um banco de praça foram se tornando tardes deitados em um lugar qualquer, olhando um céu qualquer pensando num futuro qualquer, com cores, corações, sorrisos e uma vida feliz.
E os dois que sabiam tão pouco sobre sentimentos e não temiam pouco entregar o coração, aprendiam juntos. Descritos nas linhas de Vinícius, crescia a certeza do amor total que viveria "dentro da eternidade e a cada instante".
E como uma boa história de um amor feliz para sempre (desses que existem!), não há um ponto marcando fim, mas três pontinhos, que remetem a um longo futuro de longas histórias sobre duas pessoas (não tão normais assim) e a maior das sensações humanas...