quarta-feira, 18 de julho de 2007

Das coisas que a gente não escolhe


E quem a via de longe, se perguntava o motivo dos olhos vermelhos. O motorista do carro que precisou frear para não acertá-la, não poderia imaginar o que a fez tão distraída. Qualquer menina que há tanto coloca o famoso Santinho de cabeça pra baixo, teria inveja dela. Mas ninguém poderia realmente imaginar as confusões e contradições que se misturavam naquele coração.
Ela se consideraria com sorte pelo cara certo ter aparecido na sua vida. Ela se consideraria com sorte, se já não tivesse aparecido um cara certo antes, aquele que incontestávelmente se tornara o amor de sua vida.
Não há espaço para dois amores em um coração só. Ele sabia disso. E sabia que não podia querer mais do que o carinho da amizade dela, sabia que não seria justo querer mais. E respeitava.
Com o coração apertado, ela não tinha o que fazer, a não ser guardar eternamente um afeto especial e desejar, com tudo que podia, não perder o amigo que poderia então ter encontrado, enquanto somente uma palavra se formava em sua cabeça.
"Obrigada"



P.s.: “A vida inteira eu me lembrarei de você, e você se lembrará de mim. Assim como nos lembraremos do entardecer, das janelas com chuva, das coisas que teremos sempre porque não podemos possuir.”
(Brida - Paulo Coelho)

4 comentários:

  1. Eu indicaria ler esse post ouvindo a música "Vienna" de Billy Joel, nem tanto pela letra, mas pela música, acho que casa bem com o texto. Que é mto bom por sinal.

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  2. Eu prefiro ouvindo a música "música"...

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