Era
menina-moça, devota de Santo Antônio. Não acreditava em príncipe, mas
sonhava ser princesa. Gostava de vestido rodado, de renda e sianinha.
Brincava de esconde de si mesma vez ou outra, até se render ao batom
vermelho na frente do espelho. Olhava a janela com olhos perdidos.
Horizonte e pôr-do-sol se misturavam na cabeça dela. Era ela e todo
mundo ao mesmo tempo. Era essência e forma. Era coisa bonita de se ver.
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