segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

dos primeiros...


Tive tantos primeiros amores, e de cada um me lembro como se fosse ontem. O primeiro amor da infância, aquele do pré-primário, que me repreendeu - e surpreendeu - no parquinho, me chamando para ir logo para a fila, pois o sinal do término do recreio havia tocado. Foi a primeira vez que falou comigo, e meu coração de seis anos de idade quase não se aguentou de felicidade.
Lembro do primeiro amor da pré-adolescência, que eu também costumo chamar de "o amor dos onze anos", em que o carinho dele era demonstrado com aporrinhações dentro e fora da sala de aula, e o meu "amo você", era dito em tapas, soquinhos e caretas. Ainda vale sorrisos.
Depois veio o primeiro amor platônico, aquele absolutamente improvável, que me fez o sonho de conhecer a Irlanda e me deu a certeza, aos treze anos, de que ninguém nessa vida me faria mais feliz que aquele loiro de olhos azuis, nove anos mais velho, que não fazia idéia da minha existência. Chorei vezes e vezes, ouvindo a voz dele no CD que ganhei da minha mãe no Natal. Ofereci-lhe meus beijos de boa noite durante noites seguidas de meses sem fim, através do pôster de revista colado na parede, em cima da minha cabeceira. Ele velou meu sono por mais de um ano...
Tive também, como não poderia deixar de ter, o primeiro amor adolescente. Afinal, que garota, aos 15 anos, resistiria ao cara três anos mais velho (quase um adulto), de cabelos longos e embaraçados, com um belo futuro como rockstar pela frente? Meus olhos cegos de menina apaixonada não resistiram. Pena que os olhos dele não me enxergaram também. Pobre daquela eu de apenas 15 anos, que não fazia idéia que seu amado ia, daí a pouco, cortar o cabelo e colocar um terno pra viver.
Daí encontrei mais um amor, talvez o mais marcante de todos os amores, o meu primeiro amor correspondido. E foi a primeira vez que entendi o amor mesmo, descobrindo muitas outras primeiras coisas, assim como me olhar no espelho e me ver, pela primeira vez, com os olhos apaixonados de outra pessoa.
E fiz meu primeiro aniversário de namoro, sofri minha primeira verdadeira decepção, vivi meu primeiro término, sorri minha primeira reconciliação. Desde então tenho vivido tantas primeiras memórias, que aprendi a perceber o eterno de cada uma.
Cada amor que tive, foi infinito no tempo que durou, que dura. E, por isso, agradeço a todos eles. E eu sei, já entendi, que não existe tal coisa como o "pra sempre". Como haveria ele de existir, se eu mesma me reinvento a cada manhã?

2 comentários:

  1. E eu conheço qse todos eles neeh! Minha amiiga soh nao eh mais linda pq nao ha mais palavras no universo pra serem usadas!

    anna sylffer:)

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  2. Amei o texto!!! Tinha um tempinho que eu não entrava no blog!!!! Sem dúvida é sempre uma ótima pedida!!!!
    Que Deus continue iluminando seus pensamentos sempre!!! bjos

    Sarinha

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